Videomonitoramento em Frederico Westphalen: uma realidade próxima

por Ascom/Câmara FW publicado 05/02/2016 13h33, última modificação 05/02/2016 13h33
Frederico Westphalen é a primeira cidade do Rio Grande do Sul a receber projeto piloto “Olhos da Fronteira”

Uma parceria da Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços de Frederico Westphalen (ACI-FW), juntamente com a Prefeitura Municipal, Conselho Comunitário Pró-segurança Pública de Frederico Westphalen (Consepro) e Governo do Estado do Rio Grande do Sul, viabilizará a instalação de oito câmeras de videomonitoramento na cidade. Há mais de três anos, os órgãos estão trabalhando no desenvolvimento do projeto, captação de recursos, estudo e viabilidade das propostas.

Foram anos de trabalho e dedicação para que Frederico Westphalen contasse com o sistema que trará mais segurança para o comércio e toda comunidade. A presidente da ACI-FW Simônia Gonçalves de Oliveira e o consultor técnico voluntário do projeto de videomonitoramento Ivan Carlos Viana, juntamente com Comando da Brigada Militar, após reunião com o prefeito Municipal Roberto Felin Junior e o presidente da Câmara de Vereadores Lídio Signori durante a manhã de terça-feira, 02, apresentaram aos representantes da comunidade e das instituições como CDL, vereadores, Consepro e Conselho Tutelar, a atual situação do projeto piloto intitulado “Olhos da Fronteira”.

O projeto nesta primeira etapa viabiliza a instalação de oito câmeras de alta tecnologia no perímetro urbano de Frederico Westphalen, que inicialmente, em função da limitação dos recursos financeiros e de pessoal para monitorar, serão instaladas apenas oito câmeras. Todas serão monitoradas pelo 37º Batalhão da Brigada Militar. Estes equipamentos estarão interligados com o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), órgão que comanda toda a central de monitoramento do Rio Grande do Sul. O projeto é considerado pioneiro, pois de acordo com Viana “todas as imagens que forem geradas pelas câmaras instaladas em Frederico Westphalen, serão espelhadas com a Central da Secretaria de Segurança de Porto Alegre, que estarão conectadas no mesmo sistema. Então o que será visto aqui, vai estar sendo visto lá também” destacou.

De acordo com a presidente da ACI-FW Simônia, a ideia inicial era de valorizar a empresas locais na realização da compra dos equipamentos, mas com a necessidade dos mesmos atenderem as exigências da Secretaria de Segurança do Estado, em especial em função do software, foi necessário orçar com as três empresas que detém este tecnologia, atendendo as exigências do convênio firmado com o Estado. Após um processo de levantamento de preços e negociações, apenas uma se adequou a fornecer as câmeras e a tecnologia pelo melhor preço e com a qualidade dos serviços necessária. A empresa, além fornecer todo o aparato, fará as manutenções preventivas e, em caso de danos de materiais, tem 24h para o conserto ou possível substituição dos equipamentos. O contrato com a empresa será realizado em regime de comodato, pois a análise técnica entendeu que não seria adequada a aquisição do bem, pois tecnologia evoluiu significativamente desde o início das negociações e continuarão evoluindo, dessa maneira daqui a dois anos o município já teria um equipamento defasado.  Os integrantes da comissão pró-videomonitoramento citaram o exemplo de um município da região Noroeste que adquiriu os equipamentos e que em pouco tempo, das vinte câmaras compradas, apenas uma estava em funcionamento, devido ao custo de manutenção ou substituição quando o estrago não permite consertos.

Quanto aos pontos de instalação das câmeras, cada um foi previamente estudados pela Brigada Militar, Polícia Civil e Secretaria do Meio Ambiente e possuem suas peculiaridades no sentido de melhor localização para geração das imagens. “A abrangência, pontos de acessos e partidas, situações, ocorrências policiais e gráficos estatísticos foram feitos para justificar cada local. Então foi levado tudo isso em consideração para abranger o máximo de monitoramento no município” comenta Viana. De acordo com o Major Alexandre os locais onde serão instalados os equipamentos não serão divulgados, nem o alcance pois estas informações são estratégicas para a segurança pública. “O que podemos afirmar é que a cobertura, apenas com as oito câmeras será excelente”, destaca Viana

O sistema que será instalado terá capacidade para 24 câmeras, mas primeiramente serão instaladas apenas 8, de acordo com a capacidade de pessoal da Brigada Militar para realizar o monitoramento. Recentemente foi firmado um convênio entre a Brigada Militar, juntamente com o Ministério Público e Secretaria de Segurança definindo o número de câmeras que cada policial poderá monitorar. O subcomandante do 37° Batalhão da Brigada Militar Major Alexandre Moreira Pereira, comenta que para a Brigada, não tem valor que mensure a importância da aquisição desse equipamento para a comunidade. Uma câmera bem posicionada é mais efetiva que um servidor porque ela tem um alcance tecnológico muito maior que o limitador humano” comenta o Major.

Com a aprovação do projeto executivo do videomonitoramento por parte do Poder Executivo e Legislativo, bem como da comunidade, através das entidades presentes na reunião realizada na terça-feira, 2, o próximo passo será encaminhar um projeto de lei que autorize o município fazer o repasse do valor de R$ 80 mil para a ACI-FW concluir a aquisição dos equipamentos. A empresa que fornecerá os equipamentos terá trinta dias para decidir se aproveitará o projeto realizado pela comissão pró-videomonitoramento ou se elaborará outro projeto executivo. Paralelo a isso o Município irá licitar a empresa que fará a transmissão dos dados via fibra ótica. Neste período também será realizado o treinamento dos policiais militares que irão atuar na sala de videomonitoramento.          

Mais informações sobre a realização do projeto de videomonitoramento:

Imagens: As imagens só poderão ser acessadas com pedido judicial para preservar a privacidade, a integridade, e reforçar a segurança do cidadão. Além disso, o servidor que terá acesso a sala de monitoramento também será monitorado e será devidamente treinado. As imagens ficarão armazenadas por várias semanas.

Tecnologia: A tecnologia é de alta precisão. O software terá a capacidade de detectar velocidades dos veículos, o número das placas e chassis dos carros, além de um programa de pesquisa que, por meio de descrição, poderá encontrar o que está sendo procurado.

Investimento: Para a instalação dos sistema de videomonitoramento, que inclui a compra dos equipamentos, software e a manutenção, serão investidos R$ 300 mil. Estes recursos são oriundos R$ 120 mil do lucro da Expofred 2014, R$ 80 mil do Município, R$ 50 mil da ACI-FW e R$ 50 mil do Consepro.

Ascom/ ACI-FW