Câmara de Frederico Westphalen concede Mérito Educacional Barril a oito professores
O Poder Legislativo de Frederico Westphalen realizou na noite da quarta-feira, 22, a 4ª edição da Sessão Solene de entrega da Condecoração “Mérito Educacional Barril”, uma homenagem instituída pela Câmara, em 2022, para reconhecer profissionais que se destacam na área da Educação.
O evento, realizado no Plenário Hilário Piovesan, reuniu autoridades, familiares e membros da comunidade escolar para celebrar o trabalho e a dedicação de oito professores que contribuíram e ainda contribuem significativamente para o desenvolvimento educacional do município.
Foram homenageados, nesta edição, Cecilia Josefina Brondani Prichula, Cleomar Marcos Fabrízio, Cleusa Maria Chini, Lorimar Francisco Munaretto, Mirtes Teresinha Friedrich Quadro, Rosane Maria Franciscatto, Sandra Melo Signor e Sirlei Rossoni.
Os nomes foram indicados pelas cinco bancadas que compõem a Câmara Municipal, reforçando o reconhecimento plural e coletivo ao papel dos educadores na formação de gerações e no fortalecimento da comunidade local.
Durante a solenidade, os vereadores destacaram a importância da valorização dos profissionais da educação e o impacto positivo de suas trajetórias no ensino público e privado de Frederico Westphalen. O público acompanhou momentos de emoção e agradecimento, marcando a noite como uma celebração à dedicação e ao compromisso com o conhecimento. “Me sinto honrado em fazer parte deste seleto grupo de professores homenageados em Frederico Westphalen”, afirmou Munaretto.
A professora Rosane também compartilhou sua emoção ao recordar sua trajetória na educação. “Quero dizer que muito eu ensinei, mas muito eu aprendi nesses 38 anos em sala de aula”, destacou.
Já a professora Sirlei destacou o significado especial do reconhecimento recebido. “Ser reconhecida por esta Casa, que representa o povo e a comunidade, é motivo de grande emoção para mim”, expressou Sirlei.

Histórico dos homenageados
Cecilia Josefina Brondani Prichula
Nascida em Cachoeira do Sul, no dia 19 de março de 1944, Cecília reside em Frederico Westphalen desde 1950, tendo fixado moradia na comunidade da Linha Brondani. Casou-se em 1969 com José Prichula (in memoriam), com quem teve quatro filhos: Lucemar, Ademir, Josemar e Elenara.
Cecília concluiu a 6ª série, nível de escolaridade que, na época, habilitava para a docência nas escolas municipais. Iniciou sua trajetória como professora aos 18 anos de idade e, ao longo dos anos, participou de diversas formações e cursos de especialização. Atuou na educação por 25 anos, até sua aposentadoria.
Durante sua carreira, lecionou na Escola Municipal Almirante Tamandaré, na Linha Alecrim; Escola Municipal Alberto Pasqualini, na Linha Brondani e na Escola Dom João VI, na Linha São Roque. Almirante Tamandaré foi seu último educandário onde lecionou até se aposentar.
Cecília lecionava em escolas com estrutura simples, muitas vezes de madeira, e acumulava diversas funções. Além de ensinar, cuidava da coordenação, direção, limpeza e merenda escolar. Ministrava aulas multisseriadas, do 1º ao 4º ano, e foi responsável pela formação de muitos munícipes, incluindo futuras professoras, como Elenita Vedovato.
Para Cecília, ser professora foi uma profissão extremamente digna, apesar das dificuldades enfrentadas, como a precariedade da infraestrutura e os desafios dos deslocamentos. Ainda assim, o que mais a marcava era a alegria de estar com as crianças, seus alunos, a quem ensinava com dedicação. Ao se aposentar, sentiu-se profundamente emocionada por encerrar essa etapa tão significativa de sua vida.

Cleomar Marcos Fabrízio
Nascido em 5 de novembro de 1964, na Linha São José, interior de Frederico Westphalen, é filho de Galdino Antônio Fabrízio e Rozalina Margarida Faccin Fabrízio.
É Doutor em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), título obtido em 2021. Possui Mestrado em Desenvolvimento pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), concluído em 2011, e Especialização em Administração pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), concluída em 1991.
Sua formação acadêmica inclui ainda graduação em Administração pela URI (1989); graduação no Curso Superior de Formação de Professores – Esquema I, pela URI (1997); graduação no Programa Especial de Formação Pedagógica – Esquema I, também pela URI (2001).
Atualmente, é professor efetivo em regime de tempo parcial na URI, onde atua desde fevereiro de 2013. Também é professor efetivo da Escola Técnica José Cañelas, onde iniciou suas atividades em 20 de março de 1997. Nesta instituição, além do magistério, exerceu a função de vice-diretor entre os anos de 2000 e 2006.
Entre fevereiro de 2002 e setembro de 2006, lecionou Matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental Vergínio Cerutti (CIEP).
Desde 26 de setembro de 2006, atua como administrador na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Possui sólida experiência na área de Administração, com atuação nos seguintes temas: Gestão Pública, Gestão Estratégica, Gestão de Marketing, Administração Geral, Economia, Contabilidade Geral e Matemática.
Para Cleomar “A docência é um sacerdócio que tem poder de transformar vidas, por isso tem que ser vivida com dedicação e sabedoria”.

Cleusa Maria Chini
Cleusa Maria Chini nasceu em 22 de junho de 1955, filha de Ricardo de Oliveira e Maria Fransciscatto. É irmã de cinco professoras, o que revela uma forte ligação familiar com a educação. Casou-se com Itacir Chini, com quem construiu uma família composta por três filhos e cinco netos.
Residiu por muitos anos na Comunidade da Vilinha. De origem humilde, seus pais foram figuras importantes para a região, tendo doado o terreno onde foram construídas a igreja e a escola da comunidade. A escola, hoje desativada, chegou a se chamar Escola Ricardo de Oliveira, em homenagem ao seu pai.
Cleusa iniciou sua trajetória profissional aos 16 anos, em um tempo em que havia escassez de professores no município. Foi convidada pelo então prefeito Nerone Campos para lecionar, já que se encontrava em formação. Trabalhou como professora contratada por oito anos no município, período em que também concluiu o Curso Normal na Escola Auxiliadora, onde cursou toda sua educação básica.
Formou-se em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e respectivas literaturas. Atuou como professora do Estado na Escola Estadual Monsenhor Vitor Batistella, no distrito de Castelinho. Posteriormente, foi nomeada para atuar na Creche João Paulo II, onde foi a primeira professora. À época, a creche tinha como presidente o bispo Dom Bruno Maldaner (in memoriam). Cleusa trabalhou por seis anos nessa instituição, sendo uma das primeiras educadoras da rede pública de educação infantil do município.
Lecionou também nas escolas Santo Inácio, Sepé Tiaraju, e Natália Gadonski, na Vila Carmo, dedicando-se especialmente à alfabetização, área em que atuou por 18 anos. Recorda-se do desafio de receber alunos sem nenhuma vivência escolar, sem coordenação motora ou qualquer familiaridade com materiais escolares. O trabalho exigia dedicação total, com turmas de cerca de 30 alunos, era preciso garantir que todos aprendessem a ler fluentemente, escrever com correção, dominar operações matemáticas básicas e resolver problemas. A alfabetização era realizada com o tradicional quadro-negro e cartilhas, e a meta era sempre formar alunos capazes de escrever em letra cursiva e compreender os textos que liam.
Cleusa também foi aluna da URI (à época, Fesau), quando a instituição oferecia apenas os cursos de Letras e Administração. Orgulha-se de ter feito parte da terceira turma da Fesau.
Atualmente aposentada, Cleusa expressa sua gratidão primeiramente a Deus, à sua família e, especialmente, ao seu esposo e filhos. Reconhece que, por vezes, seus filhos foram criados por "tatinhas", enquanto ela se dividia entre o trabalho e os estudos — um reflexo da exigência constante da profissão docente, que demanda aperfeiçoamento contínuo. “Saibam que estou muito orgulhosa por receber esta distinção. Esta homenagem me emociona e valoriza uma trajetória construída com muito esforço, amor e dedicação à educação”, finaliza Cleusa.

Lorimar Francisco Munaretto
Natural de Frederico Westphalen, é filho de Waldemar Antônio Munaretto e Lurdes Albiero Munaretto. É casado com Luciane Maria Stefanello Munaretto, servidora aposentada da Prefeitura de Frederico Westphalen e pai de Arthur, médico que já atuou no Hospital Divina Providência.
Graduado em Ciências Contábeis pela URI (1991), possui Especialização em Planejamento Tributário pela UFSC (1993), Mestrado em Administração pela UFSC (2000) e Doutorado em Administração pela FEA/USP (2013).
Atualmente, é professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no campus de Frederico Westphalen, onde atua desde 2006, em regime de dedicação exclusiva. Já foi chefe do Departamento de Engenharia e Tecnologia Ambiental e coordenador de diversos projetos de ensino, pesquisa e extensão.
Antes disso, entre 1998 e 2006, atuou na URI – Campus de Frederico Westphalen, como professor e coordenador do Curso de Ciências Contábeis e dos cursos de pós-graduação nas áreas de Controladoria, Finanças e Contabilidade.
É Avaliador de Cursos e Instituições de Ensino Superior pelo INEP/MEC, e tem vasta atuação acadêmica e técnica nas áreas de Administração, Ciências Contábeis, Gestão Estratégica de Custos, Empreendedorismo, Cooperativismo, Agronegócio e Desenvolvimento Rural Sustentável.
Desenvolveu mais de 35 projetos de pesquisa e extensão no município de Frederico Westphalen e em outros 12 municípios da região, além de ter prestado consultoria e apoio técnico a diversas empresas e cooperativas locais. Também participou da criação de indicadores e instrumentos de avaliação da Expofred (edições 2022 e 2025).
É autor de 14 livros na área de Desenvolvimento Rural e palestrante em eventos nacionais e regionais, organizando congressos, workshops e simpósios na UFSM.
Atua ainda como presidente do Esporte Clube Itapagé, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento social e comunitário.
Para Munaretto, “Ser professor é desempenhar uma função estratégica na formação de profissionais éticos e socialmente responsáveis, preparados para promover o desenvolvimento sustentável”.

Mirtes Teresinha Friedrich Quadro
A professora Mirtes Teresinha Friedrich Quadro dedicou grande parte de sua vida ao Magistério, construindo uma trajetória marcada por compromisso, inovação e amor à educação. Casada, é mãe de cinco filhos e avó de seis netos.
Nascida em Itapiranga, Santa Catarina, em 12 de setembro de 1961, iniciou sua jornada educacional aos 15 anos, ao ingressar no Ensino Médio com formação no Curso de Magistério. Nessa época, foi convidada a trabalhar Fundação Catarinense do Bem-Estar do Menor, onde atuou por três anos com crianças em situação de vulnerabilidade social, auxiliando-as nas tarefas escolares. Foi nesse período que teve a confirmação de sua vocação para a educação.
Aos 18 anos, prestou concurso público e foi nomeada professora do Ensino Fundamental no Estado de Santa Catarina. Após um ano de atuação, pediu exoneração e mudou-se para Frederico Westphalen, cidade que adotou como sua residência definitiva a partir de 1981.
Dando continuidade à sua carreira, ingressou na Escola Nossa Senhora Auxiliadora, onde lecionou da 5ª série até o 3º ano do Curso de Magistério, mesmo enquanto ainda cursava Letras na antiga FESAU. Em 1986, foi nomeada professora da rede estadual do Rio Grande do Sul, iniciando um ciclo de quatro anos na Escola Estadual Padre Abílio Sponchiado, localizada no então distrito de Vista Alegre. Com a emancipação do distrito, em 1989, retornou a Frederico Westphalen e passou a lecionar na Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima, onde permaneceu até sua aposentadoria, em 23 de março de 2021.
Ao longo de seus 42 anos de atuação no Magistério, concluiu o curso superior de Letras – Português, Inglês e Literaturas, além de pós-graduações em Literatura e História, Coordenação Pedagógica e Orientação Escolar. Foi uma educadora apaixonada pela leitura, pelo estudo e pelo trabalho em sala de aula.
Sua experiência abrangeu todas as etapas da educação básica: lecionou para turmas da Educação Infantil, dos Anos Iniciais e também para turmas do Ensino Fundamental, com destaque para as disciplinas de Português e Inglês, áreas que representavam sua principal formação, além de outras disciplinas, sempre que necessário.
Na Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, exerceu o cargo de vice-diretora entre 1991 e 1995. No ano seguinte, com a consolidação da Gestão Democrática pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, foi eleita diretora da escola, sendo reeleita para um segundo mandato consecutivo. Após quatro anos na gestão, retornou à sala de aula em 1999, onde permaneceu até 2013. Naquele ano, diante de uma nova reorganização interna, foi novamente convidada a assumir a direção da escola, cargo para o qual foi reeleita e no qual permaneceu até sua aposentadoria em 2021.
Durante esse segundo período à frente da gestão escolar, promoveu uma verdadeira transformação na Escola Nossa Senhora de Fátima. Conquistou recursos estaduais emergenciais, mobilizou a comunidade por meio de campanhas como a Nota Solidária, e investiu na melhoria do espaço físico da escola, tornando-o um ambiente mais acolhedor, seguro e propício à aprendizagem. Implementou inúmeros projetos pedagógicos e sociais, estabeleceu parcerias com diferentes instituições e não mediu esforços para alcançar os objetivos traçados. A escola tornou-se referência em diversas ações que, à época, foram consideradas inovadoras.
Conhecida por sua dedicação incansável, muitas vezes desempenhava tarefas além das atribuições formais, como pintar pessoalmente salas de aula e brinquedos da área externa durante as férias escolares, com o intuito de acolher melhor os alunos e professores no retorno às aulas.
Além do trabalho pedagógico e administrativo, teve forte atuação comunitária, especialmente no bairro onde a escola está localizada, liderando projetos sociais que geraram impactos positivos e duradouros na vida de muitos moradores de Frederico Westphalen.
Firme defensora dos direitos dos educadores, a professora Mirtes sempre se posicionou em prol do reconhecimento profissional e da valorização salarial dos professores e funcionários da rede estadual. Integrante ativa do sindicato da categoria, mesmo após a aposentadoria, segue engajada na luta pela restituição da dignidade dos profissionais da educação, em especial os aposentados.
A professora Mirtes Teresinha Friedrich Quadro deixa um legado de trabalho árduo, dedicação incondicional e profundo amor à educação, marcado por inúmeras conquistas e histórias de sucesso, que continuam a inspirar gerações.
Para Mirtes “Ser professor é transformar vidas através do conhecimento, da empatia e do exemplo, é educar com amor e doação”.

Rosane Maria Cerutti Franciscatto
Formada no Magistério, com licenciatura em Ciências e graduação e pós-graduação em Matemática, Rosane construiu uma trajetória sólida e inspiradora na educação ao longo de 38 anos.
Filha de Aristides Cerutti e Rilda Mazzotti Cerutti, é a primogênita de três irmãs. É casada há quase 50 anos com Arisoli Franciscatto, com quem teve três filhos — André, Paulo e Miguel — e os netos Lívia, Bento e Martin.
A docência sempre foi uma de suas maiores realizações pessoais e profissionais. Foram quase quatro décadas dedicadas à sala de aula, convivendo com crianças e adolescentes entre seis e 16 anos — experiências que proporcionaram não apenas aprendizado pedagógico, mas também crescimento humano, amadurecimento e vínculos duradouros.
Iniciou sua carreira no Mato Grosso do Sul, lecionando por sete anos na Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa. Já em Frederico Westphalen, atuou no curso de magistério do ensino médio da Escola Nossa Senhora Auxiliadora, onde ajudou a formar futuras educadoras.
Na rede estadual do Rio Grande do Sul, lecionou na Escola Marechal Castelo Branco, em São João do Porto; na Escola Afonso Pena e na Escola Santo Inácio, encerrando sua carreira na Escola Cardeal Roncalli, onde permaneceu por 20 anos até a aposentadoria.
Rosane destaca que, em cada escola por onde passou, deixou um pouco de si e levou consigo muitos aprendizados — tanto profissionais quanto humanos. Criou laços sinceros com colegas de trabalho que se transformaram em grandes amigos, os quais guarda com carinho até hoje.
Mesmo após a aposentadoria, continua próxima da comunidade escolar por meio da catequese, onde compartilha valores, fé e experiências com crianças e famílias.
Recorda com saudade e gratidão os alunos que marcaram sua trajetória. Muitos deles a reconhecem nas ruas, cumprimentando com um afetuoso “professora!” ou dizendo: “a senhora lembra de mim?”. Outros se tornaram seus colegas de profissão, fato que a enche de orgulho e confirma que sua missão valeu a pena.
Rosane é imensamente grata a Deus por ter conduzido sua vida por esse caminho de amor e serviço. Agradece a todos os colegas pela convivência, amizade e parceria, e especialmente aos seus alunos, que foram e continuam sendo suas maiores inspirações.

Sandra Melo Signor
Nascida em Santa Rosa no dia 17 de abril de 1973, Sandra é filha de Alfredo Melo e Vani Melo. É casada há 33 anos com Euclides Alberto Signor e mãe de Bruna Melo Signor. Formou-se em Artes Plásticas, com especialização em Gestão Escolar, Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar.
Residiu por 20 anos em Três de Maio, onde cursou o Ensino Fundamental no Colégio Dom Hermeto. Concluiu o Ensino Médio na Fundação Educacional Machado de Assis, em Santa Rosa, período em que se destacou pela participação ativa no Grêmio Estudantil, presidiu a Ala Jovem de um partido político e coordenou grupos de estudantes na organização do Festival Estudantil da Canção, evento que reunia alunos de todo o Estado.
Iniciou sua trajetória na educação em 1992, lecionando na Escola Estadual Castelo Branco, em Três de Maio. Na mesma época, também atuava como servidora da Prefeitura. Em 1996, passou a residir em Frederico Westphalen, onde deu continuidade à sua atuação docente no Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA) e no Presídio Estadual de Frederico Westphalen.
A partir de 2002, ampliou sua carga horária e passou a lecionar também nas escolas Conselheiro Edgar Marques de Mattos, Nossa Senhora de Fátima e Visconde de Taunay, em Iraí. Atuou durante 11 anos na Escola Nossa Senhora Auxiliadora, somando ampla experiência com diferentes faixas etárias e contextos educacionais.
Atualmente, exerce a função de diretora na Escola Estadual de Ensino Fundamental Conselheiro Edgar Marques de Mattos, onde construiu uma sólida história de 23 anos — sendo 16 anos em sala de aula e sete anos na gestão. Sua trajetória é marcada pelo comprometimento com a educação pública e pelo olhar atento às necessidades individuais de cada aluno.
Além do trabalho formal, destacou-se pelo engajamento social. Atuou por muitos anos como voluntária no Lar dos Deficientes Físicos e coordenou o projeto Escola Aberta, uma iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul realizada aos finais de semana, na Escola Conselheiro Edgar Marques de Mattos.
Com 25 anos dedicados à docência, sua maior inspiração continua sendo o contato diário com crianças e adolescentes. Para ela, educar é enxergar além do conteúdo — é compreender cada estudante por seus gestos, olhares, falas e silêncios. Esse amor incondicional pelo ensinar é o que move seu trabalho e impacta positivamente a comunidade escolar.
Uma frase que reflete sua filosofia de vida e de trabalho é "O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher”, Cora Coralina.

Sirlei Rossoni
Natural de Passo Fundo, mudou-se aos oito anos de idade com os pais para a Vila Salete, no município de Iraí, onde a família mantinha um comércio local. Na época, a comunidade oferecia apenas o ensino das séries iniciais, sendo necessário deslocar-se cerca de 12 quilômetros até a cidade para a continuidade dos estudos. Foi assim que concluiu o Ensino Fundamental e, posteriormente, o Ensino Médio. Ainda durante o Ensino Médio, iniciou sua trajetória profissional como professora em escolas locais.
Após iniciar o curso de História, passou também a atuar na rede estadual de ensino. Em 1983, estabeleceu-se em Frederico Westphalen, onde construiu uma sólida carreira na área da educação. Atuou por 10 anos na 33ª Delegacia Regional de Educação, sendo cedida por dois anos ao Fórum de Frederico Westphalen. Após esse período, retornou à Delegacia, onde permaneceu até o encerramento das atividades do órgão.
Sua jornada profissional foi marcada por intensa dedicação, cumprindo uma carga de 60 horas semanais — lecionando durante o dia nas escolas e à noite na universidade, a URI. Ao longo de mais de 30 anos de carreira em Frederico Westphalen, lecionou em diversas instituições, entre elas, Escola Municipal Marechal Floriano, Escola José Cañellas, Edgar Marques de Mattos, Jardim Primavera, URI, Sepé Tiaraju, NEEJA. Também atuou na Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC), entre os anos de 2009 e 2011.
Em 2001, ingressou no Mestrado em História pela Universidade de Passo Fundo (UPF), onde defendeu a dissertação que resultou na publicação da obra "O Cassino Guarani: Histórias, Memórias e Personagens". Com este trabalho, participou de diversas feiras do livro promovidas pela universidade. Posteriormente, ingressou no Doutorado, impulsionada pela atuação no ensino superior. Ao concluir o curso, publicou a tese "Proposta Metodológica para a Educação de Jovens e Adultos", avaliada pela banca da URI. Atuou como docente na URI por 26 anos, até sua aposentadoria.
Foi casada com Alcindo Rossoni (in memoriam), com quem teve um filho, Eduardo Rossoni, e uma neta. Atualmente, trabalha como empresária.
Para Sirlei, “ser professora foi mais que uma profissão, foi uma missão”.
